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Sejam bem vindos ao meu blog

Aqui pretendo editar todos os tipos de conteúdo que tenham haver com : mãe, criança e aprendizado.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Antes de ser mãe

Antes de ser mãe eu fazia e comia os alimentos ainda quentes...
Eu não tinha roupas manchadas, 
Eu tinha calmas conversas ao telefone.

Antes de ser mãe eu dormia o quanto eu queria
e nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes.


Antes de ser mãe eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos 
nem pensava em canções de ninar.


Antes de ser mãe eu não me preocupava 
se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas 
eram coisas que eu não pensava.


Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim, 
nem me beliscou sem nenhum cuidado, 
com dedinhos de unhas finas.


Antes de ser mãe eu tinha 
controle sobre a minha mente,
meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda...


Antes de ser mãe eu nunca tive
que segurar uma criança chorando
para que médicos pudessem fazer testes ou aplicar injeções.

Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas e horas olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar
quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse mudar tanto a mihha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe. 

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação
de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse fazer-me sentir tão importante.
Antes de ser mãe eu nunca me levantei à noite a cada 10 minutos
para me certificar de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor, 
a dor e a satisfação de ser uma mãe.

Eu não sabia que era capaz
de ter sentimentos tão fortes. 

Por tudo e, apesar de tudo, obrigada, Deus, 
por eu ser agora um alguém tão 
frágil e tão forte ao mesmo tempo.


Obrigada Deus por permitir-me ser Mãe!


                                               (Silvia Schimidt)

 

Para meu Filho(a)

Apenas nesta manhã...
Eu vou sorrir quando vir o seu rosto, 
E rir mesmo sentindo vontade de chorar...
Apenas esta manhã...
Eu vou deixar você escolher o que vai vestir e 
Sorrir e dizer o quanto você está ótimo!
Apenas esta manhã...
Eu vou deixar a roupa para lavar de lado, 
Pegar você e levá-lo ao parque para brincar!
Apenas esta manhã...
Eu vou desligar o telefone, manter o computador fora do ar e sentar-me com você no quintal e soltar bolhas de sabão!
Apenas nesta tarde...
Eu não vou gritar nenhuma vez, nem mesmo resmungar
Quando você gritar e acenar para o carrinho de sorvetes, 
Eu vou comprar um se ele passar,
Apenas nesta tarde...
Eu vou deixar você ajudar-me a assar biscoitos 
E não vou ficar atrás de você, tentando consertá-los.
Apenas nesta tarde...
Vamos ao Mc Donald's e comprar um Mc Lanche Feliz para nós dois, 
Para que você possa ganhar dois brinquedos.
Apenas nesta noite...
Vou segurá-lo em meus braços e contar-lhe um história sobre como você nasceu e, 
Como eu amo você!
Apenas nesta noite...
Eu vou deixar você espirrar água do banho e não vou ficar nervosa, nem reclamar, 
Apenas nesta noite...
Vou deixar você ficar acordado até tarde, enquanto ficamos sentados na soleira, 
Contando todas as estrelas.
Apenas nesta noite...
Eu vou me aconchegar ao seu lado por horas e perder meus shows favoritos na Tv.
Apenas nesta noite...
Enquanto eu passar meus dedos entre seus cabelos enquanto você reza, eu vou, 
Simplesmente ser grato a Deus por ter me dado o maior  presente do mundo.
Eu vou pensar nas mães e pais que procuram por seus filhos perdidos...
Nas mães e pais que visitam a sepultura de seus filhos ao invés de suas camas.
Nas mães e pais que estão em hospitais vendo seus filhos sofrerem sem que isto tenha
sentido e gritando por dentro que não podem mais suportar isto!
E, quando eu lhe der um beijo de boa noite, 
Vou segurar você um pouquinho mais forte...
Por um pouquinho mais de tempo...
E então vou agradecer a Deus por você e não pedir nada a ele, exceto...
Mais um Dia!!!

(autor desconhecido)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

NÃO BATA, EDUQUE!!!

por Jan Hunt, Psicóloga Diretora do "The Natural Child Project"
Na Noruega e na Suécia a lei proíbe que pais, professores ou qualquer outra pessoa bata nas crianças. Em alguns países e territórios, só os professores são proibidos de bater. Em toda a América do Norte o castigo corporal infligido pelos pais, desde que não muito severo, é tolerado ou mesmo incentivado como necessário à educação.
Nos últimos anos, muitos psiquiatras, sociólogos e pais recomendam que se pense seriamente em banir o castigo corporal. A razão mais importante, de acordo com o Dr. Peter Newell, coordenador da organizaçaão "EPOCH - End Punishment of Children" (1) ('Acabe com o castigo das crianças') é que "todas as pessoas têm direito à proteção de sua integridade física e as crianças também são pessoas" (2).
  1. Bater nas crianças ensina-as a também se tornarem agressoras. Atualmente existem muitas pesquisas mostrando a relação direta entre o castigo corporal na infância e comportamentos agressivos ou violentos na adolescência e idade adulta. Quase todos os criminosos mais perigosos foram vítimas de constantes ameaças e castigos na infância. Para o bem ou para o mal, faz parte do projeto da natureza que as crianças aprendam pela observação e imitação das atitudes dos pais. Portanto é responsabilidade dos pais dar o exemplo de empatia e sensatez.
  2. O castigo físico passa a mensagem injusta e nociva de que "o mais forte sempre tem razão", de que é permitido ferir alguém desde que seja menor e menos poderoso que você. Assim a criança conclui que é permitido maltratar crianças menores ou mais novas. Quando for adulto ele não vai ser capaz de sentir muita compaixão pelos menos afortunados e vai temer os mais poderosos. Isso vai impedir o estabelecimento de relacionamentos significativos essenciais para uma vida emocional satisfatória.
  3. Uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais, o castigo físico ensina que bater é um modo correto de exprimir sentimentos e solucionar problemas. Se uma criança não vê seus pais resolverem os problemas de um modo criativo e humano, dificilmente aprenderá a fazer isso. Por isso os erros dos pais freqüentemente se repetem na geração seguinte.
  4. "Poupe o bastão e estrague a criança", embora popular, é uma interpretação errônea do ensinamento bíblico. Embora o "bastão" seja mencionado várias vezes na Bíblia, somente no Livro dos Provérbios essa palavra é usada em relação à criação de filhos. Na verdade os métodos severos de disciplina do Rei Salomão fizeram de seu filho Robão um ditador tirânico e opressor que escapou por pouco de ser apedrejado até a morte por sua crueldade. A Bíblia não apóia a disciplina severa, a não ser nos Provérbios de Salomão. Jesus via as crianças próximas de Deus e pedia amor, jamais castigo (3).
  5. O castigo interfere com o vínculo entre a mãe ou o pai e o filho, uma vez que não é da natureza humana amar alguém que nos fere. O verdadeiro espírito de colaboração que todos os pais desejam só pode surgir de um vínculo forte, embasado em sentimentos mútuos de amor e respeito. O castigo, mesmo quando parece funcionar, origina um comportamento superficial, embasado no medo, que só persiste enquanto a criança não tiver idade para reagir. A cooperação baseada no respeito, ao contrário, dura para sempre e garante muitos anos de alegria aos pais e aos filhos.
  6. Muitos pais não aprenderam na própria infância que existe um jeito mais construtivo de se relacionar com as crianças. Quando o castigo não atinge os objetivos almejados e os pais não conhecem outras alternativas, os maus-tratos podem se tornar cada vez mais freqüentes e perigosos para a criança.
  7. A raiva e a frustração que a criança não se arrisca a expressar abertamente ficam guardadas; adolescentes revoltados não caem do céu. A raiva acumulada ao longo dos anos pode chocar os pais quando o filho sentir que já tem forças para expressá-la. O castigo pode resultar em "bom comportamento" nos primeiros anos, mas sempre a um alto preço, a ser pago pelos pais e pela sociedade em geral quando a criança atingir a adolescência e juventude.
  8. Bater nas nádegas, uma zona erógena na infância, pode criar na mente da criança uma associação entre dor e prazer sexual e levar a dificuldades na vida adulta. Anúncios em jornais alternativos procurando chicotadas atestam as tristes conseqüências dessa confusão entre dor e prazer. Se a criança só recebe a atenção dos pais quando é castigada, os conceitos de dor e prazer se confundem ainda mais em sua mente. Uma criança nessa situação vai ter uma baixa auto-estima, acreditando não merecer nada melhor. Mesmo surras relativamente brandas podem ameaçar a integridade física. Golpes na região lombar transmitem ondas de choque ao longo de toda a coluna e podem causar lesões. A alta prevalência de dores lombares nos adultos de nossa sociedade talvez tenha origem nos castigos da infância. Crianças já ficaram paralíticas por lesões de nervos em uma surra, e outras morreram por complicações mal esclarecidas depois de uma surra de vara.
  9. Em muitos casos do assim chamado "mau comportamento" a criança está simplesmente reagindo da única forma que é capaz, dadas sua idade e experiência, a um descaso com suas necessidades básicas. Entre essas necessidades estão: sono e alimentação adequados, detecção e tratamento de alergias, ar puro, exercícios físicos e liberdade suficiente para explorar o mundo a sua volta. Mas sua maior necessidade é a atenção integral de seus pais, que com freqüência estão distraídos demais com seus próprios problemas e preocupações para tratar seus filhos com paciência e empatia. É evidente que é um erro e uma injustiça castigar uma criança por reagir de modo natural à negligência de suas necessidades. Por essa razão, o castigo não só é ineficaz a longo prazo, como também injusto.
  10. O castigo dificulta à criança aprender a resolver conflitos de um modo eficiente e humano. Uma criança castigada fica ocupada com sua raiva e fantasias de vingança e perde a oportunidade de aprender um modo mais eficiente de resolver o problema em questão. Assim, uma criança castigada aprende pouco sobre como resolver ou evitar situações semelhantes no futuro. Explicações delicadas e uma base sólida de amor e respeito são a única forma de se obter atitudes louváveis apoiadas em valores profundos em vez de "bom comportamento" superficial motivado apenas pelo medo.
fonte: http://helenab.tripod.com/jan_hunt/naobater.htm

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Menstruação X Amamentação

A equipe do BabyCenter responde:


O fato de estar ou não amamentando é determinante para a volta dos ciclos menstruais normais depois do parto. Logo depois de dar à luz, a mulher tem um sangramento, que não é exatamente menstruação.

Cada mulher é diferente, e a volta dos ciclos depende de cada corpo e de cada circunstância. Por isso, os parâmetros abaixo não são nada fixos, servem só para dar uma orientação. Se você estiver com dúvidas, converse com o ginecologista.

Mães que amamentam: Um dos muitos benefícios da amamentação é manter a menstruação suspensa por um período maior. A mulher que dá o peito regularmente, tanto durante o dia quanto à noite, pode passar até um ano livre das cólicas, da TPM (tensão pré-menstrual) e dos absorventes. Isso, claro, depois do fim do sangramento normal pós-parto, que pode durar várias semanas.

Se o bebê começa a dormir a noite inteira, pulando algumas mamadas, a menstruação volta mais cedo -- o mais comum é que isso aconteça quando ele tiver entre 3 e 8 meses. A mesma coisa acontece quando se complementa a alimentação do bebê com fórmula láctea. Ou seja: quanto mais o bebê mamar no peito, mais vai demorar para o ciclo menstrual voltar.

Mães que não amamentam: Mulheres que não estão amamentando podem retomar os ciclos menstruais regulares já um mês depois do parto. Às vezes a menstruação demora dois ou três meses para voltar.

Todas as mães: Nunca se esqueça de que o organismo libera o primeiro óvulo pós-parto antes de você menstruar, portanto não há como prever quando isso pode acontecer. Assim, se você não adotar um método anticoncepcional logo que começar a ter relações sexuais de novo, pode se ver grávida antes mesmo de voltar a menstruar. Esse tipo de surpresa não é incomum.

Não se deixe levar pela história de que mães que amamentam não são férteis. Converse com o ginecologista e com seu parceiro para decidir qual é o melhor método para vocês. Alguns tipos de pílula não são adequados para a fase de amamentação. Saiba tudo no nosso artigo sobre métodos contraceptivos para quem dá o peito.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Brinquedo e educação

Aprendendo a emprestar os brinquedos...

Como já falamos, brincar é uma das atividades mais importantes da infância. E, é claro, os pais devem participar dela sempre que puderem. Não há nada mais saudável para a relação familiar do que os pais sentados no chão, no meio dos brinquedos, entrando no mundo dos filhos. Além de prazeroso para os dois, o vínculo afetivo se fortalece nesta relação pai e filho, seja a brincadeira qual for.
Os pequenos também precisam saber a dividir. E isso se torna mais fácil quando a criança tem irmãos ou está acostumada a brincar com amiguinhos. “Aprender a dividir, repartir, emprestar, se colocar no lugar do outro, faz parte do processo de socialização e de desenvolvimento de todas as crianças”, alerta a educadora Luciana Pierre.
Os pais e professores devem estar preparados e atentos para orientar seus filhos e alunos na construção deste processo, que faz parte do desenvolvimento de todos. “Outra dica, que uso na escola, são campanhas solidárias, onde as crianças doam um brinquedo seu em bom estado. Nós orientamos aos pais que ajudem seus filhos para que eles escolham o que dar. O exercício muitas vezes é difícil para algumas crianças mais apegadas, mas extremamente importante”, conta a educadora.
Ensinar a criança a emprestar os brinquedos para os amiguinhos não é uma tarefa fácil, há os que emprestam com mais facilidade e os que não gostam de dividir de jeito nenhum. Mas o esforço vale a pena, pois essa é uma lição que se leva para o resto da vida.
A dica da Dra. Luciana Pierre é trabalhar o emprestar com histórias infantis que levem ao altruísmo, como por exemplo, ‘A Galinha Ruiva’ e ‘O Bolo Fofo’. Ou trabalhar com rodas de conversa, reforçando quem conseguiu emprestar e como a criança que emprestou e a que recebeu se sentiram. Os pais também podem usar essa técnica em casa, conversando sobre o tema com os filhos e seus amiguinhos.

Fonte:http://guiadobebe.uol.com.br/guiadebrinquedos/brincadeira_saudavel.htm

MEL... ALIMENTO DE RISCO ATÉ 1 ANO!

Evite dar mel para crianças menores de 1 ano

Desde o dia 19/08/2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) está recomendando que crianças menores de 1 ano não consumam mel.
A recomendação vem depois de uma pesquisa que constatou a presença de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal em 7% das amostras do produto recolhidos no mercado. A mesma recomendação é feita também para pessoas que estejam com problemas relacionados à flora intestinal não importando a faixa etária.
A ANVISA informa que nenhum caso de botulismo intestinal causado pela ingestão de mel foi confirmado no Brasil, porém faz dessa recomendação um atitude preventiva já que o botulismo é uma doença grave.
Leia o comunicado em http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2008/190808.htm

TESTE DA ORELHINHA... AGORA É LEI!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 12.303, de 2 de agosto de 2010, que torna obrigatória e gratuita a realização do exame chamado Emissões Otoacústicas Evocadas, mais conhecido como Teste da Orelhinha.

O Teste da Orelhinha, enfim, virou lei

Essa lei é um grande passo para a prevenção de problemas na criança, pois pelo Teste da Orelhinha é possível detectar milhares de possíveis doenças. A deficiência auditiva é uma patologia muito comum entre os recém-nascidos, sendo encontrado de um a três casos de surdez a cada 1.000 nascimentos.
Esse número aumenta para até seis casos a cada 1.000 nascimentos se o bebê tem algum de fator de risco para surdez, como casos de deficiência auditiva na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros.
Só para comparação, o Teste do Pezinho é obrigatório nas maternidades desde 1983 no estado de São Paulo e desde 1992 em todo o Brasil e entre as doenças que esse teste detecta é encontrado 1 caso a cada 10.000 nascimentos.
Bem menos que a deficiência auditiva. Já estava mais do que na hora do Teste da Orelhinha se tornar obrigatório em todo território nacional.
Os benefícios - A população e o a Saúde Pública se beneficiam com a obrigatoriedade do teste da orelhinha. Até o mês passado muitos casos de deficiência auditiva que poderiam ter sido diagnosticadas logo ao nascimento só são detectados com três ou quatro anos prejudicando o desenvolvimento da fala e linguagem da criança assim como o desenvolvimento cognitivo e social, explica a fonoaudióloga Jamile Elias.
Quanto mais cedo for detectada a deficiência auditiva, mais precocemente serão as intervenções realizadas. Um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte. Imagine uma criança que tenha detectado deficiência auditiva apenas aos 2 anos.
Pense no tempo perdido que ela deixará de desenvolver estímulos importantes para a fala, elemento imprescindível para a comunicação e socialização. Lembre-se que uma criança depende dos sons que ouve para esboçar as primeiras palavrinhas, inclusive o “mamãe” e “papá (papai)”.
Sem dor - O Teste da orelhinha não é dolorido, não precisa de injeções, anestesia ou colhimento de sangue do bebê. O teste é indolor, acontece com o bebê dormindo (sono natural) e não tem contra-indicações. É realizado no segundo ou terceiro dia de vida e consiste na colocação de um fone na orelha do bebê acoplado a um computador que emite sons e recolhe as respostas que a cóclea do bebê produz.
Não se esqueça, mamãe, de exigir da maternidade que escolheu para ter o seu bebê o Teste da Orelhinha. É um exame que beneficiará todo o desenvolvimento do seu filho.
Bruno Rodrigues
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/recemnasc/o_teste_da_orelhinha_enfim_virou_lei.htm

sábado, 4 de dezembro de 2010

Como iniciar a alimentação do bebê

Antes de qualquer coisa, devemos lembrar que o bebê está descobrindo um mundo novo, está em fase de aprendizagem, onde tudo é novidade. O bebê não nasce sabendo comer. Ele precisa ser ensinado. E para isso: Paciência!

É comum as mães se queixarem de que o bebê "joga a comida para a fora" quando começam a comer. Normalmente, as mães se desesperam, acham que a comida está ruim, que o bebê não gosta de comer, que ele não gosta da comida da mamãe, que está sem tempero, que ele está doente... São tantas as dúvidas e receios! A questão é simples. A criança possui um reflexo, chamado reflexo de protusão, que faz com que ele leve a língua à frente da boca e faça uma leve pressão no peito materno para ajudar a saída do leite. Quando ele começa a se alimentar, continua repetindo este reflexo e por isso a alimentação é "jogada para fora", por isso, é necessário paciência para que a criança entenda o ato de mastigar e engolir o alimento como novos movimentos além do movimento de protusão que continuará existindo. A boa notícia? O bebê aprende muito rápido!
E qual o primeiro alimento que deve ser introduzido?

O primeiro passo é começar com 1 legume cozido no vapor ou com pouca água, em fogo brando e com a panela semi-tampada. Este legume inicialmente é cozido sem temperos. Isso mesmo! Sem temperos e quando falo nisso, refiro-me especialmente ao sal! Já falamos que a criança está em fase de aprendizado, logo, tudo o que ensinarmos para ela neste período terá grande chance de ser reproduzido por toda a vida. Assim ela poderá controlar um pouco mais o sal durante a vida e evitar doenças relacionadas, como a Hipertensão Arterial. Outro motivo é que a criança ainda não está com os rins totalmente formados e vamos evitar sobrecarregá-los neste período. Os demais temperos, sempre naturais, podem ser utilizados, mas não são necessários e procura-se evitá-los inicialmente para que a criança conheça e aprenda a gostar do sabor natural dos alimentos.

Depois de cozido, o legume deve ser amassado com o garfo. Peneiras e Liquidificadores nunca devem ser utilizados, pois são fontes de contaminação, retiram as fibras do alimento que ajudam no controle da glicemia, do colesterol e do intestino; e não estimulam a musculatura da face do bebê e a dentição. Após amassado, deve ser colocado 1 colher de sobremesa de óleo vegetal, preferencialmente, óleo de oliva extra-virgem ou óleo de canola. O óleo não pode deixar de ser colocado. Ele serve para evitar que a criança perca peso, pois legume será servido como se fosse um almoço e substituirá um horário de mamada.

O objetivo de começar com 1 legume só e para observar eventuais alergias, intolerâncias e as preferências naturais da criança. Quando o bebê já conhecer o legume e não tiver tido nenhum problema relacionado, pode incluir outro novo legume junto.

Após isto, acrescenta-se progressivamente, arroz, feijão, carne e fruta nos lanches e o jantar. A fruta não é a primeira a ser introduzida na alimentação do bebê porque, devido ao seu sabor doce, pode fazer com que a criança tenha mais dificuldade para aceitar os demais alimentos. A fruta também deve ser amassada no garfo.

No primeiro ano de vida: evitar oferecer morango devido à grande quantidade de agrotóxico e evitar excesso de frutas cítricas (limão, laranja, tangerina) no primeiro ano de vida devido ao alto grau de alergenicidade, especialmente em crianças que não estão sendo amamentadas. Frutas como abacaxi, laranja e tangerina, devem ser experimentadas antes de oferecer ao bebê, pois se a fruta estiver muito ácida não se deve oferecer ao bebê.

Durante o primeiro ano de vida NÃO deve ser oferecido a criança leite e derivados (incluindo iogurtes feitos para criança) e alimentos que contenham glúten (pães, biscoitos, macarrão, massas, etc) devido ao risco de alergias e intolerâncias.

Também NÃO deve ser oferecido mel no primeiro ano de vida devido ao risco de contaminação por Clostridium botulinum que causa o botulismo infantil (doença que atinge o sistema neurológico da criança).

É importante lembrar que durante todo este processo o Aleitamento Materno deve ser mantido até 2 anos ou mais de vida da criança.

http://odetholiveira.blogspot.com/2009/01/como-iniciar-alimentacao-do-bebe.html

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Acabe com todas as suas dúvidas sobre amamentação

Por que o leite empedra? Sentir dores no peito, durante a amamentação, é normal? Tomar cerveja ajuda a produzir mais leite? Essas e muitas outras dúvidas assolam muitas mães, principalmente as de primeira viagem. Se esse é o seu caso, não deixe de ler o nosso dossiê completo sobre amamentação. Com a a ajuda da consultora internacional em aleitamento, Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos, respondemos essas e muitas outras dúvidas para você alimentar seu filhote com toda a tranqüilidade que você e ele merecem.

Tenho pouco leite. E agora?
Quanto mais o pequeno suga ou a mama é ordenhada, maior é a produção do leite. Ou seja: se ele mamar mais, mais leite você vai ter.

Outra opção para estimular a produção é tirar o leite você mesma, com as mãos ou com o auxílio de uma bombinha. Você pode guardá-lo no congelador para oferecer mais tarde ou doar a um banco de leite, que dispõe do alimento para outras mães.



Tomar caldo de cana e cerveja preta dá mais leite? Alguns alimentos são chamados de galactogogos porque ajudariam a aumentar a produção de leite, como chá de erva-doce, caldo de cana e cerveja preta. Mas atenção: o álcool, presente na cerveja, diminui a produção de leite, assim como a nicotina do cigarro e alguns medicamentos.

O volume de leite também reduz se a criança mama menos ou se você estiver estressada e angustiada. Para ter sempre muito leite, mantenha uma dieta equilibrada e beba muito líquido, que pode ser água, chá, caldo de cana ou sucos.

Lembre-se de que o corpo usa suas reservas de energia e nutrientes para produzir leite, por isso estar bem alimentada é fundamental. Na medida do possível, tente descansar e se preocupar menos. E deixe seu filho mamar à vontade esse é o estimulante mais poderoso. Na dúvida, fale com o médico que, em último caso, poderá receitar medicamentos que ajudam a aumentar a produção de leite.

Acho que meu leite é fraco. Como faço para deixá-lo mais forte? Preciso complementar a alimentação do bebê?
Não existe leite fraco. Realmente, o leite materno não tem a mesma consistência do de vaca, por exemplo, que é bem mais grosso . Mas essa aparência aguada não quer dizer menos nutrição. Se você mantém uma dieta equilibrada e oferece o peito sempre que o bebê pede, vai produzir leite de qualidade, na quantidade certa, e não precisa complementar a dieta do pequeno com nada. Se, apesar de mamar, o bebê não está ganhando peso ou parece insatisfeito , chorando muito, converse com o pediatra para descobrir a origem do problema.

É verdade que algumas comidas mudam o sabor do leite?
Sim. Alho, cebola, pimenta e alimentos muito condimentados mudam o sabor do leite. Mas não precisa eliminá-los da dieta. É só evitar os excessos.

Meu peito vai ficar caído ou menor se eu amamentar?
O que acontece é que, durante os meses da gravidez e da amamentação, os seios aumentam muito de volume seu sutiã pode crescer até três números. Se você tem tendência a ter flacidez, ou se ganhar muitas estrias no período, quando deixar de amamentar pode ficar com a pele caída .

Além disso, os seios vão diminuir consideravelmente de tamanho, já que não estarão mais cheios de leite. Acostumada ao peitão, você pode mesmo sentir que eles estão menores, quando estarão apenas do tamanho normal.

Mas nada disso é desculpa para não amamentar! Para prevenir flacidez e estrias, capriche na hidratação desde a gravidez, usando cremes específicos e se lembrando sempre de lavar os seios antes de amamentar, para o bebê não comer o hidratante. E trate de usar bons sutiãs de sustentação, com alças largas, aros e bojos firmes.



Meu leite empedrou. O que eu faço? O nome correto para o chamado leite empedrado é ingurgitamento mamário, quando a bebida fica presa na mama por causa da sucção inadequada ou do esvaziamento incompleto do peito.

Isso deixa os seios rígidos, pode causar muita dor e até febre. Se não for tratado logo, o problema pode evoluir para uma mastite, como é chamada a inflamação da mama, que deixa os seios quentes, vermelhos, doloridos e, às vezes, com pus. Mas a prevenção e o tratamento, nos dois casos, é simples: basta deixar que o bebê mame bastante, para esvaziar o peito, ou fazer uma ordenha manual, retirando o leite com as mãos.

Meu filho não gosta de mamar, e agora meu leite está secando. Essa é a desculpa número um para muitas mulheres deixarem de amamentar. Na maioria das vezes, a rejeição da criança acontece porque a mãe andou oferecendo ao bebê mamadeira, bicos e chupetas. Eles confundem a criança, que desaprende a mamar no peito um exercício mais difícil do que chupar mamadeira.

Por isso, esses acessórios devem ser evitados a todo custo nos primeiros seis meses. Todos são extremamente prejudiciais à amamentação. Causam confusão de bicos, má formação da arcada dentária e infecções, entre outros problemas , alerta Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos, consultora internacional em aleitamento materno.

Se o bebê mama menos, a mãe produz menos leite até que ele realmente pode secar. A solução é eliminar tudo que atrapalhe a amamentação. Se precisar oferecer algo a seu filho, dispense a mamadeira e prefira usar uma colher própria para bebês.

Tenho rachaduras no peito que me matam de dor! As fissuras no bico do peito são comuns no primeiro mês, especialmente entre mães de primeira viagem. A pele da aréola é muito fina e sensível e os fortes movimentos de sucção do bebê podem causar rachaduras e muita dor.

Para prevenir, trate de engrossar a pele da região tomando banhos de sol, usando buchas e deixando os seios descobertos por quanto tempo você puder. O próprio leite ajuda a cicatrizar, basta espalhá-lo por cima das rachaduras.

Em casos graves, o médico pode recomendar uma pomada cicatrizante. Mas lembre-se de lavar o bico do peito sempre que for amamentar, para o bebê não ingerir o remédio. A posição de mamar do bebê também pode estar incorreta, o que vai causar mais dor. Fique de olho na postura certa.

O jeito certo de mamar Por instinto, os bebês já sabem como executar os movimentos da mamada. Mas você pode ajudá-lo, posicionando o pequenino do jeitinho certo. Além de facilitar a mamada para ele que, se não conseguir mamar, pode ficar irritado e rejeitar o peito , você previne problemas como o empedramento e as rachaduras.

1. O queixo do bebê deve tocar a mama;
2. Ele deve estar com a boca bem aberta;
3. O lábio inferior deve ficar virado para baixo;
4. As bochechas devem estar bem arredondadas (não encovadas) ou achatadas contra as mamas;
5. Durante a mamada vê-se mais a porção da aréola superior do que a inferior;
6. A mama deve parecer arredondada, não repuxada.
7. As sucções são lentas e profundas: o bebê suga, dá uma pausa e suga novamente (sucção, deglutição e respiração);
8. A mãe deve conseguir ouvir o bebê deglutindo.



http://www.minhavida.com.br/conteudo/1012-acabe-com-todas-as-suas-duvidas-sobre-amamentacao.htm

Como os bebês sorriem...

Estudo recente mostra que o sorriso das crianças ajuda na vida social. As crianças mais sorridentes costumam atrair a atenção de professores na escola, têm a preferência dos avós e tios e, entre os amigos, são tidas como pessoas "legais". Assim como o choro, há um sorriso para cada situação, que pode ser agrupado em três famílias
FECHADO: é aquele sorriso envergonhado, acompanhado muitas vezes de um rubor na face. É dado normalmente quando a criança fica sem graça ao receber uma crítica ou elogio
SUPERIOR: é o sorriso social, quando a criança quer apenas ser agradável. É usado quando a professora conta uma história ou quando a criança é apresentada aos amigos dos pais
LARGO: é a demonstração máxima de felicidade, de diversão. É a risada expressiva, com direito a som, quase uma gargalhada. A criança dá essa risada larga quando está se divertindo em brincadeiras, ou depois de uma travessura

Fonte: http://veja.abril.com.br/especiais/bebes/p_036.html




Como os bebês choram e ...

O volume do choro de uma criança pode variar de um murmúrio a um berro de 84 decibéis -- semelhante a uma britadeira. As razões que levam uma criança a chorar também variam, e, com o tempo, os pais passam a identificá-las ao primeiro acorde. Há, no entanto, três tipos principais:
MANHA: é a grande arma da criança para fazer prevalecer sua vontade. Aparece nos momentos de birra, quando a criança sente ciúme ou é proibida de fazer algo
MÁGOA: é um choro comum também entre os adultos, o que muda é a situação. A criança chora quando uma brincadeira dá errado, sente medo de ficar só ou em outras situações semelhantes
DOR: todo mundo sabe o que é sentir dor a ponto de chorar. Nas crianças, isso não acontece apenas quando ela se machuca, mas também quando está com frio ou fome

Fonte: http://veja.abril.com.br/especiais/bebes/p_036.html

O que elas falam e com que idade

Apesar de cada criança ter um ritmo próprio, que varia de acordo com a personalidade e os estímulos que recebe em casa, ela tem um vocabulário mais ou menos uniforme para cada idade. Confira:
Até 3 meses
Além de sua principal forma de comunicação, o choro, o bebê produz ruídos com a garganta e estala o céu da boca
3 a 6 meses
Emite sons ao acaso, brinca com os barulhos que produz e responde à sua maneira quando se fala com ela. A criança sorri quando quer a atenção do adulto e se diverte com jogos do tipo "Cadê o nenê? Achou!"
6 a 12 meses
Fase da lalação, do treino com monossílabos do tipo "ma-ma", "da-da", "ne-ne", que a criança diz como se estivesse conversando. Ela faz isso quando quer conseguir algo, chamar a atenção, recepcionar alguém, comer etc. Bate palmas, joga beijos e entende quando lhe dizem tchau. Começa a reservar cada som para um objeto específico, ou seja, não vai chamar a todos da casa de "mã-mã", por exemplo
1 a 2 anos
Fase do grande boom. A criança pode aprender duas palavras novas por dia, segundo estudos americanos. Ela primeiro faz frases de uma palavra só, tipo "nenê-bola, nenê-naná", mas termina o ano construindo frases de até três palavras como "quer ver tevê". Nessa etapa, a criança não se cansa de fazer perguntas para a família "Que é isso?"
2 a 3 anos
As frases vão aumentando e surge o plural. As formas verbais vão ficando mais corretas e começa a fase do "por quê", que exige grande energia dos pais. Cuidado: nessa fase, o grau de compreensão dos pequenos é espetacular. Eles entendem tudo o que se conversa à sua volta, até mesmo quando são dois adultos falando em grande velocidade
3 a 4 anos
Já constrói frases com até seis palavras, sobre o dia-a-dia, situações reais e pessoas próximas. A criança compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las (como o correto é "eu bebi", diz "eu queri"). É comum a troca do R pelo L, como plato, blincar e tloca, que acaba até os 3 anos e 6 meses
4 a 5 anos
Espera-se que a criança fale cerca de 10.000 palavras. Ela expressa seus sentimentos e emprega verbos como "pensar" e "lembrar". Também fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como "e então", "porque", "mas" etc.

Fonte: http://veja.abril.com.br/especiais/bebes/p_036.html

A explosão da linguagem

Antes mesmo de falar, as crianças já se comunicam
com os pais por meio de olhares, gestos e sorrisos
Por que as meninas andam, falam e aprendem antes dos meninos?
Não há conclusões definitivas, mas suspeita-se que sejam fatores hormonais que variam com o sexo. O desenvolvimento tende a se igualar na pré-adolescência
Não importa que seja em português, inglês, árabe ou japonês. O processo de desenvolvimento da linguagem nas crianças é invariavelmente o mesmo. Sempre a mesma impressionante viagem rumo ao conhecimento. Uma viagem que começa desde os primeiros minutos de vida do ser humano. Recém-nascidos com apenas 4 dias de idade conseguem distinguir os sons de uma língua dos sons de outra. Bebês brasileiros mamam melhor quando ouvem alguém falando português do que falando espanhol. E os espanhóis fazem o oposto. É assim no mundo todo, em todas as cerca de 10.000 línguas existentes no mundo. A aquisição de vocabulário de uma criança está diretamente ligada ao quanto a mãe fala com ela. Com 1 ano e 8 meses, filhos de mães que conversam bastante em casa falam 130 palavras a mais do que outros na sua idade. Com 2 anos, a diferença é de quase 300 palavras. Mães que usam sentenças complexas, não se restringindo só ao bi-bi e au-au, têm filhos que também falam de forma mais complexa.
Como a criança só será capaz de dizer o primeiro "mamãe" ou "papai" perto dos 12 meses de vida, até conseguir isso ela se vira muito bem com uma grande ferramenta que tem para expressar ao mundo o que sente ou quer: seu corpo. Usa o que os estudiosos chamam de linguagem não-verbal. Observe. Toda vez que seu bebê chora, dá um sorriso, faz uma expressão facial, emite sons, se balança dentro do berço ou vira a cabeça para o lado, ele está se comunicando. Está conseguindo, com eficiência, dizer algo que, nessa fase, é demonstrar prazer ou desprazer. "Essa é a fase em que o corpo fala", diz a psicóloga Maria Martha Hübner, da Universidade Mackenzie, em São Paulo. O que a criança pequena faz é operar com o princípio do "tudo ao mesmo tempo, agora".
Como num sistema multimídia, em que som, imagem e movimento facilitam a compreensão, ela usa todos os órgãos dos sentidos para receber e mandar mensagens. "O bebê vive e expressa a emoção no próprio corpo. Se ele sente um desprazer, o choro é a forma de dizer isso", explica a psicóloga paulista Ceres Alves de Araujo. Por meio do olhar da mãe, da entonação de voz, da expressão facial, das pausas na fala do adulto, ele entende as coisas à sua volta. Os órgãos do sentido funcionam como um radar. "O bebê não entende o conceito da frase falada, mas sabe o que está por trás disso", diz Ceres. Ele percebe a diferença de ser chamado com uma voz suave ou ríspida, ser pego no berço de modo carinhoso ou apressado, ou ter a fralda trocada por alguém com cara amarrada ou sorriso aberto. Em resposta, a criança usa recursos corporais como sorrir, franzir o cenho, mexer as mãos ou até abrir um berreiro.
Os bebês não chegam ao mundo falando porque o cérebro do ser humano não nasce suficientemente maduro para isso. São necessários meses até a criança ser capaz de entender conceitos, fazer relações mais complexas e treinar os sons das sílabas. Todo o tempo passado no berço emitindo ga-gás, la-lás e ne-nês serve de treino para que, na hora de juntar os sons e formar as palavras, a comunicação seja perfeita. Quem olha o bebê falando apenas sílabas pode ser tentado a imaginar que ele está sofrendo para expressar uma idéia, como um adulto que tenta falar uma língua estrangeira mas tem dificuldade. Nada disso. A criança está feliz demais ao perceber a própria evolução, ao constatar que faz hoje um pouco mais do que fazia ontem. Não lamenta o que ainda não consegue fazer. O processo de aprendizado é extremamente divertido e prazeroso.

Por que uma criança muito estimulada pode tornar-se um adulto desorganizado?
Porque, na tentativa de estimular seus filhos, os pais montam uma agenda repleta de compromissos. Quando, no futuro, couber à criança tomar as decisões sobre o que fazer, ela ficará sem saber por onde começar
As primeiras palavras aprendidas pela criança são as mais próximas do seu universo — por isso ela diz mamãe, papai e nenê. Nada é decorado. A criança aprende o que lhe foi ensinado, o que lhe parece fazer sentido. Antes de falar uma palavra, precisa identificar uma relação entre o nome e seu significado. Para entender melhor o que isso quer dizer, imagine-se num país de língua estranha. De repente, um cachorro passa na sua frente e alguém grita "isvertan!". O que isso quer dizer? A resposta mais óbvia seria "cachorro". Mas existem outras alternativas possíveis, como "Isvertan" ser o nome do animal, uma expressão de susto com o surgimento do cão ou uma ordem dada aos bichos para que corram. No processo mental da criança, enquanto ela não tirar essa dúvida, a palavra pode até ser proferida, mas não terá sentido algum. Quando ela perceber o que "isvertan" realmente quer dizer, estará aumentando o seu vocabulário.
O desenvolvimento da linguagem da criança guia-se por uma ordem que vai do genérico para o específico. Num primeiro momento, todos os seres que se mexem, mas não são humanos, podem ser chamados de au-au, se é esta a expressão usada pelos pais diante dela para designar cachorro. Depois, a criança percebe que existe um tipo de au-au que voa. Surge o piu-piu. E assim ela vai batizando o que vê, aplicando nomes que ouve a itens específicos. Para cada coisa, a criança tem um nome, sem direito a sinônimo. Se existe uma xícara e o pai se refere a ela como caneca, a criança não vai entender do que se fala. Os sinônimos vão fazer parte da linguagem no final do segundo ano de vida. Para conhecer o mundo e seus nomes, a criança questiona tudo ao seu redor. Por volta dos 2 anos explode a onda de "o que é isso?" e, aos 3 anos, de "por quê?".
No campo de estudos em torno da comunicação infantil há uma grande dúvida se a relação entre mãe e filho na fase intra-uterina pode ser chamada de comunicação ou se é uma troca biológica. Experiências com recém-nascidos de 48 horas de vida mostraram que eles ficavam calmos quando ouviam a língua materna e tornavam-se tensos ao som de um idioma estrangeiro, o que poderia sugerir que a aquisição da linguagem começa na barriga da mãe. Os trabalhos nessa área mostraram que falar é uma atividade inata que depende menos do que se imagina de fatores como educação, origem étnica, geográfica ou cultural. Uma pesquisa divulgada neste ano por duas psicólogas da Universidade de Chicago comprovou que a aquisição de linguagem é genética. O que a educação faz é torná-la mais complexa e sofisticada. Isso foi demonstrado analisando-se crianças surdas-mudas americanas e chinesas de 3 anos de idade. Elas nunca tinham tido contato com a linguagem escrita, só se comunicavam por gestos e eram mais eficientes nisso que as próprias mães com quem trocavam sinais. Colocadas diante de frascos com bolhas de sabão, tanto americanas quanto chinesas tiveram os mesmos gestos e na mesma ordem. Ou seja, reagiram da mesma forma independentemente da origem, e fizeram aquilo sem ter sido ensinadas por ninguém. "A aquisição de linguagem em seres humanos é tão natural quanto o latir para os cachorros", disse a psicóloga americana Lisa Gleitman, da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos, em fevereiro deste ano, num encontro da Associação Americana de Ciência Avançada.
A velocidade com que uma criança aprende a falar é impressionante. Do primeiro para o segundo ano de vida acontece um boom, no qual, segundo cientistas da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, a criança passa de um repertório de quarenta palavras no primeiro aniversário para, em média, 600 no segundo. Daí para a frente não pára mais de aprender a falar. É verdade que o ritmo vai ficando menos intenso e varia muito entre as pessoas. Mas, de acordo com estudos americanos, incorporamos novas palavras ao nosso vocabulário até os 30 anos, quando dominamos entre 80.000 e 100.000 termos — a língua portuguesa tem cerca de 400.000 palavras. Depois disso, diminuímos o ritmo, provavelmente porque as palavras mais comuns já foram aprendidas. O fato é que, tendo aprendido a falar, uma criança não terá só dominado a forma mais complexa e perfeita que o ser humano tem para se expressar. Terá adquirido um mecanismo que, desde nossos remotos ancestrais, serve de arma para a sobrevivência do homem. "Somos frágeis fisicamente diante de outras espécies e a linguagem foi nossa ferramenta para trocar informações e conhecimentos sobre como dominar a natureza", explica a psicolingüista Leonor Scliar, da Universidade Federal de Santa Catarina. 

Fonte: http://veja.abril.com.br/especiais/bebes/p_036.html

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Educar e cuidar...

A educação da criança pequena envolve simultaneamente dois processos complementares e indissociáveis: EDUCAR E CUIDAR. As crianças desta faixa etária, têm necessidades de atenção, carinho, segurança, sem as quais elas dificilmente poderiam sobreviver. Simultaneamente, nesta etapa, as crianças tomam contato com o mundo que as cerca através das experiências diretas com as pessoas e as coisas deste mundo e com as formas de espressão que nele ocorrem. Esta inserção das crianças no mundo não seria possível sem que atividades voltadas para cuidar e educar estivessem presentes.  O que se tem verificado, na prática, é que tanto os cuidados como a educação têm sido entendidos de forma muito estreita. 
CUIDAR tem como significado, na maioria das vezes, realizar as atividades voltadas para os cuidados primários: higiene, sono e alimentação. Quando os pais ou responsáveis precisam trabalhar é preciso ter o cuidado de deixar os pequenos em Escolas de Educação Infantil que promovam ambientes acolhedores, seguros, alegres, instigadores, com adultos bem preparados, organizados para oferecer experiências desafiadoras e aprendizagens às crianças de cada idade. Assim cuidar inclui preocupações que vão desde a organização dos horários de funcionamento, passando pela organização do espaço, os brinquedos e outros materiais oferecidos e pelo respeito às manifestações da criança ( de querer estar sozinha, de ter direitos aos seus ritmos, ao seu " jeitão"). Ver os cuidados desta forma talves nos ajude a perceber que eles são indissiociáveis de um projeto educativo para crianaça pequena.

Por outro lado, a criança vive um momento fecundo, em que a interação com as pessoas e as coisas do mundo vai levando-a a atribuir significados àquilo que a cerca. Este processo, que faz com que a criança passe a participar de uma esperiência cultural que é própria de seu grupo social, é o que chamamos de EDUCAÇÃO. No entanto, esta participação na experiência cultural não ocorre isolada, fora de um ambiente de cuidados, de uma experiência de vida afetiva e de um contexto material que lhes dá suporte.

Fonte: Fundam. Teóricos e Metodológicos da Ed. Infantil.( Iesde)